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Arquitetura da Informação – O guia completo para iniciantes

A informação é uma das “armas” mais importantes que temos. E a partir disso precisamos pensar e entender o conceito de arquitetura da informação, uma expressão que vem sendo cada vez mais utilizada no Brasil. 

Isso nada mais é do que uma maneira de organizar, classificar e disponibilizar as informações para que outras pessoas tenham acesso a elas de forma adequada, correta e objetiva. 

A arquitetura da informação é responsável por facilitar a vida do usuário, distribuindo páginas e conteúdos para que ele se localize e navegue em um site. Ela potencializa a experiência e torna a usabilidade do site muito mais eficiente e acessível. 

Perfeição essencial

Como você bem sabe, para viver em um mundo cada vez mais competitivo é essencial que as empresas busquem pela perfeição. Isso inclui ter um ambiente virtual que seja divertido, prazeroso e simples – mas não simplório – de usar. 

Nesse contexto a arquitetura da informação surge como um importante fator competitivo. Pode ser a chave para elevar um negócio a um novo patamar e torná-lo ainda mais eficiente. 

Princípios da Arquitetura de Informação – 8 fatores que você não pode ignorar!

  • Princípio dos objetos: nesse princípio, a informação (conteúdo) é reconhecida como um ser vivo. É importante entender que ela pode e está em constante transformação.
  • Princípio das escolhas: manter o mínimo de opções é importante. Esse princípio entende que o conceito de “menos é mais” deve ser amplamente explorado.
  • Princípio da divulgação: o seu usuário precisa entender exatamente o que vai encontrar em cada local. Botões, CTAs e links, por exemplo, devem ser claros ao informar o que tem “do outro lado”.
  • Princípio dos exemplos: exemplos são sempre bem-vindos como forma de ilustrar o que está sendo descrito. Por isso, use-os em todas as categorias.
  • Princípio da porta da frente: se você pensa que todos os seus usuários entram pela página inicial (home), você está amplamente enganado. Suponha que ao menos 50% chegam por outras páginas.
  • Princípio de várias classificações: ofereça aos usuários diferentes esquemas de classificação para navegar no conteúdo do site.
  • Princípio da navegação focada: é importante, na arquitetura da informação, que o foco seja mantido. Não misture assuntos, temas e outras coisas no mesmo espaço.
  • Princípio do crescimento: suponha que o conteúdo do site cresça. Verifique se o site é escalável.

Através de um bom plano de arquitetura da informação é possível organizar e aplicar todas essas categorias. Em alguns casos a manutenção se faz necessária com frequência, principalmente em sites mais complexos.

A importância da Arquitetura da Informação para os usuários

O grande segredo para ter um site eficiente é produzir valor. Esse é o fator mais importante hoje na internet. Quando o site tem valor, ele é reconhecido pelos mecanismos de busca, é apreciado pelos usuários e gera mais dinheiro. 

Um erro cometido é que muitas vezes o conteúdo verdadeiramente valioso permanece “escondido” em local de difícil acesso. Isso quer dizer que não houve a aplicação de uma arquitetura da informação adequada – e isso prejudica bastante o resultado. 

Importante para o usuário

Pense o seguinte: se você acessa um site à procura de um produto específico, ele demora para carregar, organiza as categorias de forma confusa e a barra de pesquisa é ineficiente; o que você faz?

A maioria das pessoas não demora mais do que 30 segundos em um site e, caso não encontre o que procura, a tendência é que o usuário simplesmente vá para outra marca.

Quando a informação é bem distribuída e o assunto está “claro”, a possibilidade de conversão é maior, o internauta permanece mais tempo em seu site e ajuda a sua página a ranquear. 

Mas não podemos pensar nesses fatores sem imaginarmos, também, que existem diferentes tipos e perfis de usuários. Veja quais são eles:

  • À procura de algo específico: nesse caso o usuário acessa o site porque está buscando por algo específico, algo que ele já viu em algum lugar ou recebeu uma indicação.
  • Explorando as opções: esses usuários acessam o site porque querem consumir algo, mas não sabem exatamente o quê. É como se passeassem pelas prateleiras de uma grande biblioteca à procura da próxima leitura.
  • Busca exaustiva: esse usuário quer reunir o máximo de informações possíveis sobre determinado produto/serviço. Então ele provavelmente está acessando uma série de sites para acumular conhecimento.
  • Reencontrando: esse perfil já usou o produto e está buscando novamente por aqui. As chances de consumo são gigantescas porque ele já sabe como funciona e deu sua aprovação. 

Perceba que são perfis completamente diferentes e, como tal, devem ser tratados dessa forma. A arquitetura da informação, quando bem elaborada, deve privilegiar cada um desses usuários, garantindo uma boa experiência para todos. 

A importância da Arquitetura de Informação para a empresa

É notável que quando não há uma boa estrutura de arquitetura da informação a empresa pode perder em diversos sentidos. 

  • Produtividade da equipe:

As informações mal-estruturadas acabam comprometendo a produtividade pois os usuários podem passar mais tempo do que o necessário buscando determinada informação. 

Ou, pior ainda, eles gastam esse tempo criando conteúdos que já existem, simplesmente porque o site não está verdadeiramente organizado para que essas informações sejam encontradas. 

  • Perda de vendas:

Com a má distribuição das informações, também acontece uma queda de vendas. Os usuários passarão a buscar pela solução de seus problemas na concorrência. 

  • Dificuldade para adquirir novos membros:

Caso os formulários e informações de coletas de dados não estejam devidamente claros e bem apresentados, o site perderá na hora de reunir essas informações.

  • Redução dos custos de marketing:

Um serviço de arquitetura da informação bem feito acaba aumentando a conversão e evita que você gaste com serviços de marketing a fim de compensar a queda de vendas. 

  • SEO:

Não podemos deixar de citar o quanto a arquitetura da informação tem papel crucial também no ranqueamento do site. Afinal, quanto melhor a distribuição de dados, mais útil serão para o usuário e mais acessíveis para os mecanismos de buscas.

Passo a passo para criar uma boa base de Arquitetura da Informação

Para colocar em prática a arquitetura da informação, você precisa começar criando uma espécie de documento, um planejamento para colocar isso em prática. 

Definição de objetivos

A princípio, você deve ter muito claro quais são os objetivos com a arquitetura da informação que você está implantando. Esse tópico deve trazer tanto os objetivos da empresa quanto os objetivos do usuário:

  • Da empresa:

Os objetivos da empresa dizem respeito ao lugar onde você quer chegar. A arquitetura da informação está sendo implantada para gerar mais dinheiro? Para captar mais clientes? Para diminuir os gastos?

  • Do usuário:

Pense também no que os usuários esperam, o que eles farão no site e quais são os objetivos da visita. É importante pensar em todas as possibilidades na hora de fazer a definição.

É importante que você defina muito bem a persona, ou seja, o perfil de usuário com o qual quer dialogar. 

Análise de concorrente

É importante conhecer a concorrência e verificar quais estratégias utilizam. Assim você poderá incorporar algumas ideias e melhorar o site criando uma estratégia de arquitetura da informação baseada em experiências que deram certo. 

Cuidando do conteúdo – um dos passos mais importantes

Obviamente a arquitetura da informação preza essencialmente pelo conteúdo e sua disposição no site. Então existem duas possibilidades nesse caso: 

  • Lidar com um site que já tem conteúdo;
  • Começar a alimentar um site do zero.

Se o site já tem conteúdo publicado, o importante é fazer uma espécie de inventário, analisando tudo o que foi publicado anteriormente e decidindo sobre o que fica e o que sai do site. 

Anote tudo o que o site possui, seções, temas abordados. Faça um apanhado minucioso a respeito do conteúdo. Assim você poderá, posteriormente, organizar todas essas informações. 

Uma sugestão é que você agrupe o conteúdo em classificações que façam sentido para os internautas que são o público-alvo das publicações. 

Navegação e mapa do site

Pense na arquitetura da informação como uma espinha dorsal, algo que verdadeiramente sustenta o site, mesmo que não esteja completamente à vista dos usuários. 

Então ela deve ser criada a partir de diagramas em que os assuntos e as seções aparecem devidamente agrupados. 

O mapa se torna mais complexo conforme o próprio site é mais elaborado. Por isso, mapas para blogs e sites pequenos costumam ser mais simples. O mapa deve conter todas as páginas do site. 

Teste do usuário

Uma etapa importante da arquitetura da informação é o teste de usuário, que é quando efetivamente a página é acessada e testada pelos internautas a partir de sugestões específicas de caminhos. 

Com isso é possível descobrir se os internautas conseguem encontrar rapidamente os comandos, páginas e serviços em seu site. O teste é dividido em 4 etapas:

  • Teste em árvore: verifique se é possível encontrar rapidamente as informações principais no site. Analise os tópicos e subtópicos, sua clareza e objetividade.
  • Classificação do menu: ajuda a entender se os nomes das seções estão claros, se eles explicam o que pode ser encontrado em cada tópico e se os títulos podem ser distinguidos entre si.
  • Teste de cliques: esse teste permite uma análise qualitativa e quantitativa a respeito de quais locais recebem mais cliques e quais são amplamente ignorados pelos usuários;
  • Teste de usabilidade: o teste de usabilidade por fim analisa todas as questões de maneira mais geral e resumida, e pode ser uma alternativa para quem não dispõe de tempo ou de verba para realização de todos os 4. 

Ferramentas essenciais para o arquiteto da informação

Naturalmente, para realizar a sua arquitetura da informação é importante contar com algumas ferramentas. A caneta e o papel são essenciais, por exemplo. 

Apesar de parecerem simples demais, são fundamentais para que você faça os esboços iniciais e crie o projeto antes de efetivamente digitalizar e tornar o conteúdo preparado para uso. 

  • Miro.com:

Esse é um serviço de criação de gráficos que auxilia em diversas etapas da elaboração do plano de arquitetura da informação. Você ainda pode usá-lo para criar, por exemplo, personas, planos de empatia, mapas mentais, gráficos organizacionais e muito mais. 

É um software muito fácil de ser integrado inclusive permitindo que você faça o armazenamento em nuvem. 

  • Lucidchart.com:

Esse é um bom software de diagrama que também ajuda no processo todo. Através do programa, você pode criar gráficos variados, mapas mentais e outros tipos de artefatos para a arquitetura da informação

O serviço é pago, mas seus valores são acessíveis, sobretudo quando se trata de um usuário único. Porém, mesmo para empresas o valor compensa. 

  • Xmind.net:

O Xmind permite que você compartilhe as suas ideias e oferece um espaço para as seções de criatividade. Mas também oferece mapeamento mental e gráficos que podem ser criados para facilitar a arquitetura da informação

Existem inclusive modelos gratuitos de apresentação que são enviados automaticamente quando você obtém o serviço. 

  • Coggle.it: 

Talvez esse seja o modelo mais simples dentre os softwares. É uma opção para compartilhamento de ideias e criação dos mapas mentais. Também oferece o suporte para os diagramas. 

Essas são apenas algumas sugestões. Lembre-se que você pode encontrar diversas outras ferramentas na internet e escolher aquela que mais combina com o seu projeto. 

Testes A/B, acessibilidade, cards… tudo aquilo que te ajudar a projetar e observar o esqueleto do site e sua funcionalidade será muito útil. Existem centenas de opções e você só precisa escolher. 

Quanto mais organizado e quanto mais suporte tecnológico você tiver, mais rápido e mais eficiente será o seu plano e arquitetura da informação.  

O uso de diagramas, gráficos, wireframes e outros elementos acaba se tornando um dos alicerces para que a arquitetura realmente funcione e traga uma visão geral e real do funcionamento e da disposição do site. 

A arquitetura da informação é um passo essencial para que o site tenha sustância, e se torne algo efetivamente funcional. Assim a experiência do usuário será elevada a um novo patamar de satisfação.


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