Página Inicial CRO - Otimização da Conversão Experiência do Usuário
Redação Nerau, publicado em 18/05/2020 e atualizado em 18/05/2020
Como criar a melhor hipótese de teste A/B para seu site?
Quando vamos realizar um teste A/B ou qualquer outro tipo de otimização em um site, é necessário trabalhar com hipóteses para que as sugestões de melhorias sejam as mais assertivas possíveis.
Por exemplo, quando o homem pisou na lua a primeira vez, isso só foi possível pois existiam hipóteses até chegar ao resultado de teste final.
Neste artigo, vamos entender qual a importância de considerar as hipóteses e trabalhar com o teste a/b para obter os resultados esperados em seu site.
O que é hipótese e como criá-la para realizar o teste A/B?
A previsão do resultado esperado antes de executar um teste A/B é chamada de hipótese. Nela encontramos afirmações claras sobre quais mudanças um site deve receber, o porquê mudar e o que se espera dessas alterações.
Vamos supor que você esteja suspeitando que o CTA da sua página de vendas não é persuasivo o suficiente. Com um teste A/B é possível avaliar duas ou mais versões desse conteúdo para verificar qual converte mais.
A questão é que você não sabe exatamente quais alternativas seriam interessantes comparar com a sua página atual. Então você decide simplesmente criar opções de CTAs e testá-las. Isso não é uma hipótese.
Hipótese é uma solução projetada a partir de pesquisas quantitativas e qualitativas sobre um problema claramente definido. E ainda, deve-se determinar métricas, bem como um critério para o sucesso ou a falha da operação.
Dados valiosos para o desenvolvimento de uma hipótese podem ser encontrados com uma boa análise de comportamento do usuário no decorrer da sua jornada.
Leia também: Como entender o comportamento do consumidor online
Como formamos uma hipótese?
Geralmente, quando sugerimos a solução de algum ponto por meio de uma hipótese, devemos seguir três etapas:
- Entender claramente o problema
- Formular algumas soluções que podem servir para aquela situação
- Experimentar e entender os resultados finais
Para realizar hipóteses no Teste A/B, é necessário entender a realidade da sua empresa e criar ideias sólidas que correspondam a este cenário. Veja a seguir ideias de como criar hipóteses da melhor maneira:
Procure alterar o comportamento do cliente
Quando aplicadas, as hipóteses costumam gerar algumas reações na perspectiva do seu cliente sobre a sua oferta/marca. Essa mudança pode influenciar e alterar o comportamento deles durante o Teste A/B.
Por exemplo: você identificou nas pesquisas que o seu cliente compra mais produtos com descontos em datas promocionais como black friday do que em outras datas do ano. A hipótese é de que por saber que a promoção tem um tempo limitado, o consumidor se apressa para não perder a oportunidade.
Portanto uma solução para este quadro seria trabalhar a escassez na comunicação dos produtos com desconto, gerando no cliente uma sensação de urgência.
Antes: ” Compre sapatos com até 50% de desconto.”
Agora: ” Não perca os últimos pares de sapato com até 50% de desconto”
Aprenda com o comportamento do cliente durante os testes
Independente do resultado, observar e aprender mais sobre o comportamento do seu cliente é um dos principais benefícios de se aplicar boas hipóteses.
Além de validar se as suas projeções estavam corretas, é possível descobrir como o seu cliente age sob diferentes condições e definir padrões para serem aplicados em outras situações.
Vamos supor que a hipótese do exemplo acima estava correta, seus clientes sob o efeito de escassez passaram a comprar mais sapatos com descontos. Entendendo isso, você pode replicar os mesmos gatilhos em outras partes do seu site, levando o seu cliente a sentir uma “atmosfera” de urgência em diversas páginas.
Por exemplo: em formulários que oferecem 10% de desconto para clientes cadastrados podem substituir os textos de “receber descontos” para “garantir meu desconto agora”.
Se baseie em evidências
Você pode explorar muitas fontes de dados para construir boas hipóteses. Na imagem abaixo, o especialista em conversão Craig Sullivan exemplifica diversos caminhos para se coletar informações significativas e seguras:
A seguir vamos nos aprofundar nas fontes de dados que acreditamos ser as mais interessantes:
Teste de usabilidade
Para entender como o cliente visualiza seu site, você pode realizar testes de usabilidade com participantes sem qualquer tipo de vínculo emocional com a empresa. E a partir deste experimento, coletar informações totalmente relacionadas ao objetivo ou problema que você quer resolver.
Registre todo tipo de comportamento que lhe chamar atenção, principalmente quando o participante parecer confuso ou frustrado. Esse tipo de informação é extremamente rico para construção da sua hipótese.
E para ser mais assertivo ao entender a opinião dos participantes, aplique um questionário com perguntas como:
- Foi fácil encontrar o que estava procurando?
- A linguagem para definir categorias/subcategorias e produtos foi clara para você?
- Tem alguma sugestão para melhorar a navegação no site?
- Nosso site parece confiável?
- Nossos preços estão claros?
- Há mais alguma coisa que você gostaria de saber antes de comprar conosco?
- Você vai comprar com a gente novamente?
- Se não, por que não?
- Você acha que os formulários possuem campos confusos e/ou desnecessários?
Analise o seu site
A partir dos dados gerados pelo seu site, é possível começar a criar hipóteses para o seu teste A/B
Existem algumas ferramentas disponíveis que possibilitam a análise completa e mostram, a partir de dados concretos e quantitativos, como está sendo o desempenho de seu site.
O Google Analytics e o Google Search Console, por exemplo, podem te entregar diversos tipos de dados e visualizações sobre o tráfego e o comportamento dos usuários que acessam suas páginas:
– Número de visitantes;
– Principais origens de mídia;
– Principais páginas de destino;
– Tempo médio de navegação;
– Principais páginas de saída;
– Palavras-chaves pesquisadas para encontrar o seu site;
– Sites que te referenciam;
– Dispositivos que mais acessam o seu site.
Enfim, com apenas duas ferramentas bem configuradas é possível ter uma boa noção de como anda a experiência e a satisfação do seu cliente.
Os Heat maps tambem podem te ajudar a identificar as áreas de interesse de seus clientes em potencial e as áreas que eles optam por ignorar. Às vezes, isso pode ajudá-lo a identificar informações importantes quando um elemento específico da página passa despercebido pelos visitantes.
Conclusão
Quando você faz o trabalho respeitando todo o processo sugerido neste artigo, não há o que temer. É hora de dar confiar.
- Todo resultado possibilita o aprendizado: lembre-se de que todo teste é uma oportunidade de aprender mais sobre o seu site e os seus consumidores. Esteja um passo à frente procurando saber o que você aprenderá se sua hipótese estiver correta ou incorreta.
- Mapeamento de objetivos: você deve se familiarizar com os objetivos de toda a empresa para construir testes robustos. Você precisa garantir que os testes que você está realizando sejam baseado em dados concretos. Eles fornecerão as idéias que ajudarão a expandir seus negócios.
- Documentação: este é um passo muito crucial. Crie o hábito de documentar todos os testes que você executa. Isso servirá como referência para testes futuros.
A formação de uma hipótese bem estruturada é uma peça essencial no quebra-cabeça da otimização de conversões. Ajuda a identificar e remover o atrito ao longo do seu funil de conversão.
Você pode achar que tem várias alternativas para testar. Mas, em vez de atirar em todas as direções, priorize suas hipóteses e monitore-as para aprender e converter